quarta-feira, 23 de maio de 2012

Escola de madeira será construída


ROBERVAL EDUÃO
De acordo com secretário de educação, serão gastos mais de R$ 4 milhões em obras
Construída para ser uma escola provisória, o Centro de Ensino Fundamental 401 (CEF 401) do Recanto das Emas já funciona há 12 anos. Com a intenção de atender a comunidade por pouco tempo, a estrutura do colégio foi erguida com madeira e apesar da construção frágil a unidade de ensino atende hoje 1108 alunos em 42 turmas. Devido à situação do colégio, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Educação do DF, irá reconstruir a escola no prazo de 360 dias corridos.

De acordo com o órgão, mais de R$ 4 milhões serão investidos na construção do novo colégio. A secretaria informou que já está providenciando a transferência dos alunos para outra escola e, após o remanejamento, a execução da obra será iniciada.

A diretora do CEF 401, Marlene Saraiva Monteiro, explicou que a estrutura desfavorece e dificulta o trabalho dos professores. Segundo a educadora, o colégio não fornece espaço adequado para atividades pedagógicas. “Sempre foi uma luta dos professores e de toda a comunidade para a reconstrução dessa escola. Precisamos de um colégio permanente para oferecer um ensino de qualidade”, apontou.

Além disso, a diretora comentou que as salas de aula são pequenas, com teto baixo e forrado de madeirite. Segundo ela, em épocas de calor o espaço fica quente e abafado. Marlene contou que muitos alunos reclamam da situação incômoda. “Para ser uma escola provisória, o tempo de funcionamento se estendeu bastante. Existem muitos alunos em cada sala de aula e no calor o espaço fica muito abafado”, alegou.


A professora do 3°ano do Ensino Fundamental, Márcia Sineide, também comentou que em época de chuva a água escorre pelo teto e até mesmo em algumas paredes das salas de aula. Segundo a educadora, no período da seca, além do calor, falta água no colégio, o que impossibilita os alunos de lavarem as mãos e até mesmo beberem água. “Eles reclamam muito. Além disso, tem a questão das paredes serem de madeira e devido à fragilidade, o som de uma sala acaba interferindo na outra. A reconstrução da escola será uma maravilha. Todos estão com muita expectativa”, destacou.

Uma aluna do 3ª ano disse que tem medo de estudar em uma escola de madeira. “A parede daqui descasca e é muito perigoso”. Já um estudante do 5° ano até explicou como se constrói uma escola. “Essa nova escola tem que ser feita de tijolo e cimento, porque são as duas coisas mais seguras. Vai ficar mais bonito e confortável”, contou.
Da redação do Alô

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