segunda-feira, 2 de julho de 2012

Operários mobilizados contra as drogas


GLAUCYA BRAGA
Com o objetivo de atrair a atenção da sociedade para o enfrentamento às drogas, a Secretaria de Justiça (Sejus) promove, a partir de hoje (2), palestras, números musicais, peças teatrais e entrega de material didático no canteiro de Obras do Estádio Nacional de Brasília. A ação faz parte do Programa de Enfrentamento às Drogas e dá o pontapé inicial da terceira fase do programa de mobilização social Viva a Vida sem Drogas.
O momento de descontração e de formação em meio às obras acontecerá até o dia 5 de julho, sempre das 7h às 9h, e terá inicialmente a participação de mil operários, dos quatro mil que trabalham atualmente na construção do estádio. A escolha do local para início das instruções tem a ver com um dado alarmante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) que mostra o prejuízo causado pelas drogas nos canteiros de obras.
Segundo o levantamento do BID, o Brasil perde anualmente U$ 19 bilhões com a ausência dos trabalhadores, acidentes e enfermidades causadas pelo uso de álcool e outras drogas. Se não bastasse o valor elevado de perdas, a Organização Mundial do Trabalho (OIT) reforça que a utilização de entorpecentes é uma das principais causas de acidentes. Conforme um estudo do órgão, 20% a 25% dos acidentes de trabalhos ocorridos em todo o mundo envolvem pessoas intoxicadas que machucam a si mesmas e a outros.
Com o foco nestas informações, o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF) firmou convênio com a Sejus na intenção de diminuir os problemas no ambiente de trabalho relacionados ao uso das drogas. De acordo com o presidente da entidade, Júlio César Peres, a capacitação é uma ferramenta importante para melhorar a segurança dos trabalhadores. “Nós temos uma preocupação muito grande com a presença da bebida em obras. O álcool já foi um problema, hoje já não é tão frequente assim o uso nas construções. Essas pessoas trabalham em andaime e precisam estar equilibrados para desempenhar da forma mais segura e correta possível o seu trabalho”, analisa Peres.
Da Redação do Alô

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