GERDAN WESLEY
Pessoas que praticam exercícios físicos regulares ganham entre 6% e 9% mais
É senso comum afirmar que a prática de exercícios físicos é sinônimo de disposição, boa forma e saúde. No entanto, um estudo divulgado pela Universidade Estadual de Cleveland, nos Estados Unidos vai além. Ele conclui que, pessoas que praticam exercícios regulares ganham rendimentos entre 6% e 9% maiores do que os sedentários. Em Brasília, cidade de altos salários e a maior renda per capita do país, não é raro encontrar pessoas que corroboram a estatística.
“Descobrimos que disciplina e determinação estavam associados a pessoas que praticam exercícios regularmente, enquanto que os sedentários, tinham mais propensão a deixar as coisas para depois”, explica o autor do estudo, o economista americano Vasilios Kosteas em entrevista exclusiva ao Alô. No trabalho, publicado na revista científica ‘’Journal of Labor Research”, o estudioso analisou questionários de 12 mil americanos, com perguntas sobre salários e a quantidade de exercícios que elas praticavam.
Dono de 18 escolas preparatórias para concursos públicos, atleta e autor do livro “Disciplina de um Maratonista”, que trata do tema, o professor José Wilson Granjeiro, 49 anos acredita que a prática de esportes leva a vantagens na carreira. “Fiz uma pesquisa onde descobri que a grande maioria dos primeiros colocados em concursos públicos fazem exercícios”, afirma. Granjeiro leva tão a sério a importância da combinação “mente e corpo saudáveis”, que realiza testes físicos até para os professores que pretende contratar. “São nas corridas que tenho novas ideias e crio soluções para os problemas do dia a dia”, completa.
Já administradora, Ana Carolina Siqueira, 33 anos, atribui a prática de atividades físicas desde criança, como dança, natação e atualmente a corrida e musculação, a disposição para as atividades do cotidiano. “As vezes trabalho 14 horas por dia, vou à academia e ainda escrevo no meu blog sobre moda quando chego em casa”, diz Ana, que possui um cargo de chefia em uma multinacional.
Mesmo associando os maiores salários às atividades físicas, Kosteas avalia que os resultados são menos acentuados em pessoas que trabalham em atividades braçais. “O que concluímos é que além dos impactos positivos sobre a saúde cardíaca, o peso e uma variedade de outras questões médicas, os exercícios levam a uma melhor função mental, condição psicológica e maior nível de energia”, pontua o economista americano. Todavia, ele ressalta que esse foi apenas o primeiro estudo sobre o tema. “Uma única pesquisa não vai fazer as pessoas se exercitarem mais. Porém, a atenção à saúde já é uma tendência até mesmo dentro das empresas”.
Da Redação do Alô
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