Cruzeiro Center será revitalizado

Há anos os proprietários do Cruzeiro Center – um dos centros comerciais mais antigos do Distrito Federal – reivindicam melhorias no local. Falta de cobertura entre os blocos, marquises sem padronização e problemas com o escoamento das águas pluviais são os principais problemas. Para mudar o cenário de descaso, um projeto de revitalização está sendo elaborado para atender as demandas de comerciantes e usuários do local. A expectativa é que nos próximos 15 dias o projeto seja enviado ao Instituto do Patrimônio Histórico da Humanidade (Iphan) para análise e aprovação, pois o centro comercial fica em uma área tombada.


Entre as medidas de revitalização propostas para o Cruzeiro Center estão novas coberturas para proteger do sol e da chuva os espaços onde os transeuntes passam, limpeza e conserto do piso de pedra portuguesa e ampliação dos estacionamentos. O projeto inclui também a criação de um subsolo para os veículos, padronização da altura das marquises, retirada de anúncios publicitários que geram poluição visual, e a melhoria dos acessos viários.


Segundo a arquiteta responsável pelo projeto, Lauremar Dantas, há receptividade do Iphan em aprovar a iniciativa. Inclusive, o estudo técnico já está incluso no Plano de Preservação do Centro Urbano de Brasília (PPCUB).


Há décadas os comerciantes reivindicam essa revitalização no centro comercial. O pedido foi levado à Administração Regional do Cruzeiro em várias gestões, mas apenas recentemente entrou na pauta de discussão com representantes do Iphan. O GDF garantiu, inclusive, a contratação da arquiteta para fazer o projeto. Já foram pontuadas pelo instituto algumas medidas para a entrega do projeto, conforme informações da administração da cidade.


Renovação
“O plano prevê que o Cruzeiro Center seja um novo open mall, como o CasaPark e o Terraço Shopping. Não serão edifícios fechados, mas semi-abertos, com espaço para que as pessoas transitem. Como os blocos são propriedades particulares, a estrutura base das coberturas não tocará neles. Serão instaladas no chão, que é área pública”, explica a arquiteta Lauremar Dantas.


“O projeto prevê intervenções apenas nos espaços públicos. O que for área privada será feito pelos comerciantes. Propusemos uma parceria para que as obras internas sejam feitas junto com as externas”, esclarece o administrador do Cruzeiro, Antônio Sabino.


O presidente da Associação Comercial e Industrial do Cruzeiro (Acinc), Sebastião Coutinho, ressalta a importância da revitalização do local e a pressão feita pelos comerciantes para que o projeto fosse criado pelo governo. “É preciso uma renovação urgente, porque a iniciativa privada não tem condições de fazer investimentos”, afirma.


De acordo com a assessoria do Iphan-DF, o órgão aguarda apenas a conclusão do projeto para analisar a viabilidade de seu conteúdo. Para o professor de Urbanização da Universidade de Brasília (UnB), Frederico Flósculo, o instituto tem um papel fundamental de orientar a aplicação do projeto, que garantiria novas alternativas para que Brasília continue se aprimorando sem prejudicar o tombamento.




Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br