terça-feira, 13 de março de 2012

Estudantes reclamam que ficam no meio da briga entre GDF e os professores

Enquanto professores e o Governo do Distrito Federal não chegam a um acordo, os alunos da rede pública começam a contabilizar os prejuízos com a paralisação da categoria. Os alunos do Ensino Médio, por exemplo, reclamam que a greve os deixam em desvantagem ainda maior com os alunos da rede particular na disputa por vagas na UnB, seja pelo vestibular tradicional ou pelo PAS.

“Já sofremos com um ensino de qualidade inferior e pouca estrutura nas escolas. Com a greve, a diferença aumenta e saímos mais prejudicados”, desabafa Antônio Lima, 15 anos, estudante do 1º ano de uma escola pública na Asa Sul. Ontem, depois de acordar às 5h para chegar no horário no colégio, teve que voltar para casa. “Desanima”, concluiu.


Anete Gomes, 17 anos, teve um pouco mais de sorte. Das seis aulas previstas, teve duas. Ela e um grupo de amigas já trabalham “um plano B” caso a greve dure mais tempo. “Vamos estudar em casa, para não perder muito tempo na corrida do vestibular”, diz a aluna.

Para os pequenos, o problema também é grande. Principalmente para os pais, que não têm com quem deixá-los. “Hoje, precisei chegar mais tarde no serviço. Como não sabia se haveria ou não aula, fui à escola. Mas ela estava fechada. Deixei meu filho aos cuidados de uma vizinha”, contou a empregada doméstica Joana Silva, 37 anos.

O primeiro dia de greve mostrou que não há uma unidade da categoria em torno da paralisação. Algumas escolas fecharam as portas, outras funcionaram normalmente e algumas parcialmente. Enquanto a Secretaria de Educação informou que a greve atingiu 25% dos professores, o Sindicato dos Professores (Sinpro) falava em 80%.

Em Ceilândia, pelo menos duas escolas funcionaram parcialmente. Já em Taguatinga, o Centro de Ensino Médio EIT, teve aula apenas para cinco turmas. No Centro de Ensino Médio de Taguatinga Norte, a estudante Camila Baima contou que tem que acordar de madrugada para chegar à escola no horário e critica. “Isso é muito ruim. Chego aqui e não tem aula, só para algumas disciplinas. Se eu não venho, ganho falta” reclama. Já o estudante Lucas Clementino, 17 anos, criticou: “Como eu vou repor as aulas?”, já preocupado com as reposições.

Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br

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