sábado, 3 de março de 2012

Uma nova chance


GERDAN WESLEY
Participação e aproveitamento dos adolescentes foi de 100%
O último dia de encontro dos jovens infratores cadastrados no Projeto de Ressocialização da Secretaria da Criança que funciona em parceria com a Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB) terminou de forma especial. Os adolescentes inseridos em medidas socioeducativas puderam conhecer o cerrado brasiliense através de uma caminhada ecológica no Santuário da Vida Silvestre. Além disso, a emoção tomou conta da cerimônia de encerramento. Realizado pela Superintendência de Educação e Lazer (SUEL) do zoológico, os jovens receberam das mãos do diretor José Belarmino o certificado das cargas horárias cumpridas.
Durante todo o dia os adolescentes aprenderam  noções de biologia, geologia e botânica. O contato com a natureza foi intensificado com um mutirão de limpeza na Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) do Santuário que contou com a presença de biólogos, geógrafos, seguranças em saída de campo, monitores e até servidores da Secretaria da Criança. Sacos plásticos, garrafas pets, copos recicláveis e demais objetos sólidos puderam ser recolhidos em meio a uma aula de preservação do meio ambiente.
Segundo o biólogo e coordenador do projeto, José Vieira, a participação e aproveitamento dos adolescentes nos trabalhos educativos foi de 100%. De acordo com ele, os jovens se empenharam não apenas como uma medida socioeducativa. “Eles puderam ter manejo com alguns animais, tiveram contato com outros e até confeccionaram brinquedos para alguns deles. Se fosse apenas para cumprir a medida, hoje apenas metade deles teria concluído as atividades”, comentou.
Segundo Belarmino, diretor do zoológico, o projeto alcançou bons resultados .  “No momento da solenidade de encerramento tivemos adolescentes chorando. A ação foi extremamente importante e não vamos abrir mão disso, tanto que o segundo grupo começará as atividades no próximo dia 7”, comentou.
Para um dos adolescentes de 15 anos, os dois meses de medida socioeducativa foi especial. Segundo ele, os ensinamentos aprendidos serão levados à diante. “Agora eu quero trabalhar e estudar. Fiquei muito feliz com tudo e aprendi a lição”, contou. Já uma das jovens de 18 anos comentou que o futuro curso e graduação foi escolhido após o projeto. “Agora quero ser bióloga. Quando soube que ia fazer trabalho socioeducativo pensei que era uma atividade ruim, mas me surpreendi com cada coisa aqui dentro”, destacou.
Da Redação do Alô

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