domingo, 1 de abril de 2012

Pela porta dos fundos

DIVULGAÇÃO
Uma regra no acesso de estagiários e alguns funcionários vem causando alvoroço e polêmicas no Palácio do Itamaraty. Há dois meses os estagiários e funcionários terceirizados só podem entrar no prédio pela garagem. O órgão afirma que essa é uma medida de segurança e visa proteger as pessoas que trabalham no local. Entre os terceirizados, estão motoristas, faxineiros e recepcionistas. Os estagiários alegam estar sofrendo preconceito. Segundo o órgão, as três categorias e os estagiários que estão impedidos de usar a entrada principal somam mais de 1.700 pessoas.
Para ter acesso ao Itamaraty os funcionários e estudantes que trabalham no prédio têm um crachá de identificação e a leitura biométrica que pode ser colhida em qualquer entrada do Itamaraty. Um estagiário, que prefere não se identificar, afirma que a medida é desnecessária. “Eu acho extremamente desnecessárias medidas que não mudam em nada a segurança do prédio. As catracas foram modernizadas, e para entrar no edifício é preciso ter as digitais registradas”, afirma.
Os trabalhadores prejudicados com a medida afirmam que além da humilhação de ser barrado na porta principal, a entrada pela garagem fica longe do ponto de ônibus. Igor Lobo é estudante de Gestão de Políticas Públicas na Universidade de Brasília e já é a segunda vez que estagia no local. “Impedir os estagiários e funcionários terceirizados de entrar pela porta da frente é uma forma clara de discriminação.
“O nosso trabalho foi completamente desvalorizado. Não houve nenhum tipo de aviso. Eu cheguei aqui e fui barrado pelo segurança que afirmou que estagiários só entram pela garagem. Eu perguntei o porque da medida, e recebi como respostas que são ordens da Divisão de Serviços Gerais (DSG). Nós perdemos muito tempo tendo que dar a volta no prédio e ficamos longe da parada de ônibus. Quando entramos no Itamaraty, temos acesso a qualquer sala. Dizer que é questão de segurança não se justifica, a não ser por discriminação”, completa Igor. A redação do Alô entrou em contato com o Itamaraty, mas a assessoria de imprensa do órgão afirmou que o responsável pela medida estava em reunião . Até o fechamento desta edição o Itamaraty não retornou nossas ligações.
Da redação do Alô

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