terça-feira, 8 de novembro de 2011

Polícia encontra bombas caseiras em sala da reitoria da USP

A Polícia Militar, durante vistoria na reitoria da USP (Universidade de São Paulo) na manhã desta terça-feira (8), encontrou sete bombas caseiras, chamadas de coquetel molotov, além de fogos sinalizadores em uma sala. O prédio, que estava ocupado por estudantes desde a quarta-feira (2), foi liberado por volta das 7h20. 


De acordo com a coronel Maria Aparecida Carvalho Yamamoto, responsável pela área de comunicação da PM, os imóvel foi bastante danificado. 
- O prédio está bastante pichado, com muitos móveis quebrados, caixas eletrônicos e computadores danificados. 



A ação de reintegração de posse, autorizada pela Justiça, foi iniciada por volta das 5h20 no campus na zona oeste de São Paulo. No total, 70 alunos foram detidos, a maior parte por se recusar a sair do imóvel. O acampamento era uma forma de protesto contra a presença da PM na área da universidade. 

Todos os detidos - 24 mulheres e 46 homens - foram levados para o 91º Distrito Policial em dois ônibus. Antes, eles passaram por uma revista, na qual, segundo a polícia, não foram encontradas armas nem drogas. Duas viaturas foram apedrejadas no início da reintegração de posse. Cerca de 400 homens da polícia participaram da ação.

Após o esvaziamento do prédio, a perícia deve vistoriar o local. A polícia deve continuar no campus para garantir que não haverá novas invasões.
Agressão
Durante a madrugada, alguns dos estudantes agrediram os profissionais da imprensa que acompanhavam a invasão do prédio. Uma pedra foi arremessada contra a câmera do cinegrafista Marcos Vinícius, do SBT, e atingiu de raspão a cabeça de Fábio Fernandes, cinegrafista da TV Record. Ainda no empurra-empurra, o cinegrafista Alexandre Borba, também da TV Record, teve a alça da câmera puxada, causando a queda do equipamento. 

O fotógrafo Cristiano Novaes, da agência CPN, foi agredido a chutes e teve a máquina tomada pelos invasores, que resolveram devolvê-la posteriormente ao repórter fotográfico. A confusão teve início durante uma discussão entre os jornalistas e os invasores do prédio. 

Assim que a poeira abaixou um pouco, um dos estudantes, que se identificou como Eduardo, disse que repudiava a atitude dos agressores e que aquilo não representava o posicionamento do movimento em relação à imprensa. 

Em nota divulgada no início desta madrugada, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) afirmou que "a presença da PM não garante a segurança na universidade". 

No comunicado, o DCE também afirma: "Não é de hoje que temos propostas para um outro plano de segurança dos campi da USP: aumento da circulação de pessoas e integração da universidade com a sociedade (contra a "catracalização"), maior iluminação, aumento dos ônibus circulares, uma Guarda Universitária preventiva, gerenciada pela comunidade, com treinamento voltado para os Direitos Humanos e aumento do seu efetivo, principalmente feminino".

Uma nova manifestação foi marcada para as 12h desta terça-feira, na frente do prédio da reitoria. 


Fonte: R7.com

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