quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Ter arma de choque virou moda na capital


RICARDO MARQUES
Estudante comprou o dispositivo depois de sofrer assalto na saída da faculdade
Portar uma arma de eletrochoque está se tornando um hábito crescente entre a população de Brasília. Sob a alegação de segurança e autodefesa, pessoas de todas as idades estão portando armas de choque e pistolas tasers para se defender de possíveis agressores e assaltantes. No entanto, muitas vezes, o portador pode estar correndo mais risco do que se protegendo.
As armas de choque não letais podem se assemelhar a batons, telefones celulares e lanternas, ou ainda, sob a forma das perigosas pistolas tasers. Independente do modelo, elas podem ser encontradas facilmente em sites de compra e venda na internet. Existem no entanto, dois tipos mais comuns de dispositivo. A arma de contato, que é capaz de liberar uma descarga de choque moderada, e atordoa a vítima. E as pistolas tasers. O modelo possui dois eletrodos. Quando disparados, aplicam uma descarga elétrica que  imobiliza o alvo. Apesar de proibida por lei, também pode ser encontrada na internet.
Para o especialista em segurança pública, Antônio Testa, a maioria das pessoas que acham estar seguras portando armas de choque, podem estar correndo riscos maiores. “Se o bandido vê a vítima sacando uma arma de choque, ele pode reagir. Um simples assalto torna-se então, um assassinato”.
A sensação de segurança levou a estudante carioca Ana Vasconcelos, 29 anos, a adquirir uma arma de choque de contato. Em Brasília há cinco anos, Ana decidiu comprar a arma, após sofrer um assalto na saída da faculdade.“Me sinto mais segura, mas concordo que a venda é descontrolada ”, avalia a estudante.
O que diz a lei
O Decreto Federal 3.665, de 20 de novembro de 2000, relaciona e regulamenta os produtos controlados pelo Exército que podem ser utilizados pela população. As armas de choque de contato, de menor voltagem, são permitidas. Já as pistolas tasers, só podem ser utilizadas por agentes de segurança do Estado. Cidadãos flagrados portanto tais dispositivos podem ser processados.
Da redação do Alô

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