sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Brasiliense quer se proteger


GERDAN WESLEY
Alto índice de violência provocou a corrida aos curso
Com os altos índices de sequestros e a audácia cada vez maior dos criminosos, a procura por cursos de defesa pessoal  dobraram no início de janeiro. Profissionais afirmam que antes, poucas eram as turmas de 20 alunos. Hoje, as turmas já passam dos 50 alunos e a procura não cessa, esgotando o horário dos professores. Além da busca por segurança, a prática de musculação foi trocada pela luta defensiva.
Homens, mulheres, adolescentes, idosos. Não há um público específico assegurando sua própria defesa, porém, a maioria do grupo feminino já passou por algum tipo de risco e tem se assustado com os crimes diários. A principio o termo assusta, mas profissionais explicam que há uma confusão entre esportes de combate e a defesa pessoal. No esporte há regras, na defesa não.
O mestre Sandro Luis, é também especialista em segurança e assegura que a ideia é se defender, mas dependendo da situação, o confronto é necessário. “A diferença é ter técnica, estar preparado para o imprevisível. Com certeza no caso de uma mulher, mesmo que ela não tenha força do homem, se souber as técnicas de luta sairá com mais facilidade da situação, além da chance de imobilizar o criminoso. Quando há ataque, haverá confronto”, explica o professor.
Sandro confirma que não há um perfil que defina os alunos as técnicas são usadas de forma diferente por cada um. “Entre os homens funciona como uma mudança de postura, confiança, até no caminhar. Para a mulher, além da postura segura, é uma arma engatilhada que evita situações em que elas já sofreram alguma agressão ou presenciaram”, declara.
O professor declara que já teve inclusive alunas que já foram agredidas por ex- maridos ou mesmo perseguidas. No caso de Fernanda Martinez, 18 anos, não houve agressão física, mas ela ressalta a mudança na postura ao andar pela rua e também o ganho que teve com disciplina. “Eu me sinto mais confiante. Claro que não vou rir na cara do perigo, me cuido, mas é bom saber que eu estou preparada para alguma situação. Treino há um ano e quatro meses e além de saber me defender, ganhei qualidade de vida, sou mais disciplinada com tudo”, confessa.
As técnicas de defesa pessoal se dividem em várias modalidades de luta. Em Brasília, segundo Sandro, estão ganhando mais visibilidade. Órgãos como Metrô, já estão disponibilizando cursos para os  funcionários e há planos para introduzi-los na segurança presidencial.
Da Redação do Alô

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