quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Rio estreia programa federal de combate ao crack em área pouco frequentada


Na posição de primeiro estado a implementar o plano Crack, é Possível Vencer, lançado pela presidente Dilma Rousseff há quase dois meses, o Rio de Janeiro precisará dar o exemplo. Todas as demais unidades da Federação, ávidas para aderir ao programa federal, acompanharão com lupa os passos do município fluminense, que, para não errar, começará por uma cracolândia incômoda, por ficar na Zona Sul, mas não tão povoada.

Será no pé do Morro do Santo Amaro, no bairro do Catete, que os agentes de saúde e de assistência iniciarão o trabalho de abordagem dos usuários. Para proteger os profissionais, a Polícia Militar acompanhará a ação, contando ainda com a ajuda da Força Nacional. Apesar disso, qualquer movimento que possa parecer abuso ou truculência está proibido.

Operações para prender traficantes ocorrerão de forma isolada a partir de mapeamento com câmeras a serem instaladas no local. O acordo de cooperação entre os governos local e federal deve ser assinado na semana que vem.

Do Ministério da Justiça, sairão até R$ 9 bilhões para a compra das câmeras, do sistema de transmissão de vídeos, das unidades móveis que receberão as imagens e em cursos para treinamento de policiais e operadores do direito.

Pedras na Esplanada

Foram colocadas 513 pedras brancas, simbolizando o crack, na Esplanada dos Ministérios, ontem, para chamar a atenção dos 513 deputados. A manifestação silenciosa partiu do grupo Força Jovem Brasil, formado pela juventude da Igreja Universal do Reino de Deus. O intuito foi cobrar dos políticos a aplicação correta do dinheiro destinado à repressão da droga e ao tratamento de dependentes. Só no plano Crack, é Possível Vencer, lançado recentemente pela presidente Dilma Rousseff, estão previstos R$ 4 bilhões até 2014. Um ano e meio antes, porém, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou outra iniciativa, destinando quase meio bilhão de reais. Na contramão das iniciativas, o uso da droga e seus efeitos devastadores não param de crescer. Segundo estudo da Confederação Nacional dos Municípios, 98% das cidades brasileiras sofrem com o crack.







Fonte: Correio Braziliense

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