segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

DF tem uma em cada três crianças de 5 a 10 anos acima do peso, diz Saúde


Uma em cada três crianças entre 5 e 10 anos está acima do peso no Distrito Federal, segundo dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, ligado ao Ministério da Saúde. O índice é superior à média nacional – 25,6%, ou uma em cada quatro crianças. Os dados colocam o DF em primeiro lugar no ranking ao lado do Rio Grande do Sul. De acordo com o levantamento, 17,4% dos meninos e meninas nessa faixa etária apresentam sobrepeso e outros 16,4% estão obesos.

A Organização Mundial da Saúde (OMC) relaciona o índice de massa corporal, idade e sexo da criança para determinar o excesso de peso. Meninos e meninas de 9 anos, por exemplo, têm sobrepeso quando o índice é igual ou superior a 19,1 e obesidade quando a taxa é igual ou maior que 22,8.

A especialista em nutrição social e professora da Universidade de Brasília (UnB) Regina de Carvalho afirma que a obesidade infantil é uma tendência que se observa há pelo menos dez anos.

“A ausência de frutas e verduras na alimentação vai do bebê até o idoso. Isso sem contar que os alimentos naturais acabam sendo substituídos por outros já prontos, por questão de praticidade mesmo”, explica.

Além do consumo de alimentos com baixo valor nutricional, ela afirma que a falta de atividades físicas, ansiedade, diminuição do tempo de aleitamento materno e excesso de comida também contribuem para o índice.

"É complicado. Às vezes os pais não concordam com o cardápio das creches e escolas, acham que é pouco e dão algo a mais para a criança levar. Aí o filho não come tudo e acham que ele tem algum problema, está sem apetite."

Para Aline Freitas, mãe de gêmeas de 7 anos, três dos fatores citados ajudam a explicar a obesidade em uma das filhas. Enquanto uma delas tem 1,3 m de altura e pesa 28 kg, a outra mede 1,4 metro e tem 55 kg – quase o dobro da irmã.

"Eu sinto que ela come muito por compulsão, é muito ansiosa. Se a gente combinar de fazer um passeio amanhã, pronto. Ela fica em um estado de ansiedade tão grande que começa a comer e a gente nota que ela não está nem com fome", disse Aline.

g1

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