segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Lixo transformado em produtos

As participantes do projeto aprendem a confeccionar bolsas e também começam a conviver com conceitos de sustentabilidade


Caixas de leite vazias são reaproveitadas e viram bolsas nas mãos dos participantes do Projeto Reciclasse. O que, para muitos, é apenas lixo, se transforma não só em produtos de grande utilidade como também em renda para essas pessoas. A iniciativa é da Fundação Republicana Brasileira (FRB). O projeto procura ensinar, em um curso rápido, o respeito ao meio ambiente e alternativas para a complementação da renda familiar.

O presidente da FRB, Mauro Silva, explica como funcionam as aulas. “A fundação entra em contato com alguma instituição dessas cidades e pedimos o espaço emprestado. Durante quatro dias, ensinamos as pessoas a confeccionarem as bolsas”, diz. O curso é aberto ao público e tem duração de pouco mais de quatro horas. “Depois de formado no curso, o participante vira um multiplicador. Ele mesmo pode ensinar a outras pessoas o que aprendeu”, finaliza o presidente.

Christina Pedra, coordenadora de assuntos institucionais da fundação, também dá as aulas do curso. Ela conta que a maioria dos participantes são donas de casa com um pouco mais de idade, mas homens e jovens também se inscrevem. “O custo de cada bolsa varia entre R$ 4 e R$ 6, mas o preço de venda é bem maior, chega a valer até R$ 20.”
Iniciado em novembro de 2011, o curso já passou pelas cidades de Planaltina de Goiás, Novo Gama, Varjão e Valparaíso. Nos próximos meses, as cidades que receberão o projeto são Samambaia, Planaltina e Santa Maria.

Emater também oferece curso

Entre os dias 14 e 16 de fevereiro, a Emater oferece um curso de confecção de sacolas retornáveis. Mulheres de cinco assentamentos rurais de Goiás vão aprender a fazer as sacolas que serão comercializadas durante o Dia da Sacola Cheia, na Ceasa. O material para confecção é adquirido por meio de parcerias com instituições públicas e empresas privadas. A Agência de Fiscalização do DF (Agefis) fornece as faixas de propaganda recolhidas, enquanto uma padaria do DF faz a doação de sacos de fibra, usados para carregar trigo.

“Estava mesmo precisando me ocupar e só tenho a agradecer por essa oportunidade”, conta Meirivalda Rosa dos Santos, do assentamento Santo Antônio das Brancas. Ela acredita que a atividade vai gerar mais renda para sua família.


Jornal Coletivo

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