quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Dê oportunidades, não dê esmolas

A Asa Norte é uma das regiões que mais concentram barracas de famílias que esperam receber alimentos, roupas e dinheiro. Alto poder aquisitivo é atrativo ( Bruno Peres/CB/D.A Press )

Durante o período de fim de ano, Brasília passa por um fluxo migratório diferenciado do de outras cidades brasileiras. Muitas pessoas deixam os estados de origem para garantir doações de alimentos e de roupas, além de renda extra nos primeiros meses do ano. A paisagem fica tomada por barracas improvisadas, muitas delas instaladas em áreas nobres, como os gramados entre os eixos ao longo da Asa Norte. Além dos migrantes, os próprios moradores de regiões mais pobres do Distrito Federal deixam suas cidades para viver, temporariamente, no centro de Brasília.

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda do DF (Sedest) admite o aumento no número de pedintes, mas descarta a adoção de qualquer prática diferenciada para retirar essas pessoas da rua. Tanto que não vai intensificar o trabalho de abordagem aos pedintes, que continuará sendo feito por 28 profissionais da secretaria. Em compensação, a comunidade se mobiliza para evitar que esmolas sirvam para atrair mais moradores para as ruas nesta época.

O Conselho Comunitário de Segurança do Sudoeste, um dos bairros mais nobres do Plano Piloto, relançou agora uma campanha realizada pela primeira vez em junho. Intitulado “Dê oportunidades, não dê esmolas”, o movimento tem o objetivo de convencer os moradores a não ajudar os pedintes. Como alternativa, o conselho instalou, na comercial da 102, um posto de recolhimento de roupas, brinquedos e alimentos. O objetivo é organizar a distribuição das doações, evitando que os moradores de rua fiquem perambulando atrás de esmolas.

Fonte: Correio Braziliense

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